DIANTE DA REVELAÇÃO DIVINA NO MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO


Estamos no período litúrgico favorável, advento. Tempo de preparação e alegria, de expectativa, no qual esperamos o nascimento de Jesus Cristo. Tempo de promover a fraternidade e a paz a partir da luz do amor que se irradia da manjedoura do Salvador. Tempo também de vermos quão pequenos somos diante do grande mistério do Pai que envia seu Filho humanado no ventre da bendita Maria de Nazaré.
Advento é tempo de exame de consciência. Nosso ser necessita estabelecer certa harmonia com nossa existência por meio da transcendência daquele que é o mistério de tudo e todos: Deus. Podemos destacar, como aminho de sintonia consciente com o sagrado, o Sacramento da Reconciliação. As pessoas realizam o exame de consciência e pedem perdão a Deus Trindade das coisas que o ofenderam ou que ofenderam ao próximo e a própria dignidade humana pessoal de cada um, restabelecendo assim o laço sacramental de comunhão com Ele em sua Igreja, que é sacramento de salvação no mundo.
O que o mistério da encarnação? É o processo de humanização do Verbo Divino (Cristo). O Pai, sendo misericordioso com cada um de nós, seu povo, sua grei, envia seu Filho único para a redenção e salvação do gênero humano. Ele se faz presente na humanidade, se faz um de nós, se torna gente, nos ensinando a simplicidade e a humildade, caminho virtuoso e humanista que torna-se difícil para nós diante da tentação natural pelo poder e o ter, todavia assistidos pela graça divina somos convidados a progredir de virtude em virtude, alcançando a conversão cotidiana.
Vivenciar este tempo litúrgico do Advento, que nos é proposto, assumindo o viver humano como um viver no qual se é possível fazer uma história nova em Cristo, ao contemplarmos no presépio a fisionomia amorosa de Deus que se revela na ternura infante de um recém-nascido. Portanto, diante deste grande mistério de conversão, arrependimento e alegria, como está nosso tempo cronológico diante dos projetos do Senhor? Ver, julgar e agir. Três atitudes importantes que os pastorzinhos de Belém nos ensinam ao admirarmos extasiados a grandeza infinita do mistério de Deus em sua encarnação. Eles viram, entenderam a mensagem do Anjo do Senhor e foram ao encontro de Jesus Menino. Corramos ao encontro de Cristo que se encarna misteriosamente na face dos mais sofredores, doentes, pobres e sofredores, destinatário privilegiados do Santo Evangelho, como nos recorda o Papa Bento XVI. Santo Natal a todos!

Alexander J Silva
Seminarista diocesano de Limeira

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