IMPORTÂNCIA DE SER PÃO EM MINHA PARÓQUIA
A Igreja Católica define paróquia sendo conjunto de comunidade dos fiéis, constituída dentro de uma Igreja Particular, isto é, Diocese, e seu cuidado pastoral é confiado ao pároco que assume o zelo pastoral de cuidar, animar e ser a pessoas de Cristo no meio da comunidade de fé, sob autoridade do bispo diocesano (Cf. Código de Direito Canônico, Cân 515§ 1º). Em geral as paróquias são circunscrições eclesiásticas jurídicas divididas territorialmente que compreendem todos os fiéis de um determinado território.
Nossas comunidades são convidadas, à luz das reflexões do Concílio Vaticano II (1962-1965) e da Conferência de Aparecida (2007), a serem comunidades cristãs evangelizadoras, ou seja, discípulos-missionários do Pai. 1. Onde se escuta a Palavra de Deus; 2. Vive em oração e de ações solidárias, e; 3. Busque sempre a comunhão do Reino de Deus.
Em linhas gerais, a paróquia deve ser uma “casa do pão”. Talvez isso seja impactante aos nossos ouvidos, mas a metáfora da “casa do pão” nos ajudará a entender bem o sentido da importância de sermos paróquia hoje.
1. “Pão da Palavra de Deus”: Devendo assumir o compromisso evangélico de anunciar a Boa Nova do Evangelho as pessoas, dando-lhes de comer o Pão da Palavra com celebrações litúrgicas bem preparadas, movimentar encontros de rua para meditar as leituras, fazer da homilia um diálogo fraterno e promover formações bíblicas aos agentes de pastorais e principalmente aos catequistas.
2. “Pão da Eucaristia”: Alimentar espiritualmente o seu povo, com o Pão da Eucaristia, dando Jesus a quem tem sede e fome de Deus. Através do levar o Viático aos doentes, presos e marginalizados, promover Adorações ao Santíssimo e Vigílias Eucarísticas.
3. “Pão do Corpo”: Assumir o compromisso com as lutas do povo que passa fome, que não tem água, casa, saúde, roupa, transporte, emprego... enfim, lutar por uma cidadania onde as classes sociais não se sobressaem, mas que leve a unidade e a conversão de todos. Sendo presença ativa junto aos órgãos públicos para garantir a unidade e o bem estar de todos.
4. “Pão da Mente”: Cuidar para que cada um dos seus filhos se sintam amados e acolhidos, sem angústia, sem tristeza, sem sofrimento interior, psíquico, espiritual. Provendo encontros sociais para clube do artesanato, buscar psicólogos que atendam com valores reduzidos os mais carentes e valorizar a saúde de todos os paroquianos promovendo praticas esportivas.
Dom Helder Camara dizia que “é preciso sair do centro para a margem... Da Matriz para as periferias... Dos ricos para os pobres... Do centro da cidade para as favelas”. Assim nos perguntamos: Onde estamos? No centro da paróquia ou na margem? Nossa paróquia é uma paróquia evangelizadora, acolhedora e solidária? Nossas pastorais, grupos, movimentos são missionários, acolhedores e solidários?
Portanto, só é possível ser paróquia quando deixarmos o ego pessoal e pensamos na comunhão, pois a Igreja é uma Igreja de Comunhão, podendo ser vislumbrado na Santíssima Trindade, três pessoas de vocações distintas, mas que estão unidas em função da promoção vital. Sendo pão e fermento na vida do próximo seremos, então, autênticos Arautos do Evangelho na vida da nossa Paróquia e do Mundo.